quinta-feira, 27 de abril de 2017

Denotação e Conotação


 Na forma falada, assim como na forma escrita da linguagem, existem dois eixos: o denotativo e o conotativo, de acordo com o significado que exercem no contexto. Sendo assim, cada vocábulo pode apresentar vários significados.
No exemplo abaixo há dois significados diferentes para a mesma expressão:
 Os donos soltaram os cachorros para que eles pudessem passear na fazenda.
 Eles soltaram os cachorros quando perceberam que foram enganados.

 DENOTAÇÃO
 É a forma literal em que a linguagem verbal, escrita ou oral, se apresenta. É o chamado sentido do dicionário. Geralmente se usa esse tipo de linguagem em textos informativos, dissertativos, na linguagem formal, na redação de documentos, entre outros. Exemplos:

As flores da primavera já apareceram.
A luz que ilumina esta sala é natural.

 CONOTAÇÃO
 Um vocábulo está na forma conotativa quando apresenta diferentes significados, podendo levar a interpretações diversas, dependendo do contexto em que aparece na frase. A conotação é geralmente utilizada na literatura, nas conversas do cotidiano e em anúncios publicitários. Exemplos:

Mulheres são frágeis flores.
O seu olhar ilumina minha vida.

Referência bibliográfica:
http://portugues.uol.com.br/gramatica/denotacao-conotacao-.html

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Variação linguística

                Variações linguísticas e o preconceito linguístico


      “Aceitar a existência e a importância das variações linguísticas é o primeiro passo para combater o preconceito linguístico. ”

                                   ♪ ♫ “(...) Eu canto em português errado
                             Acho que o imperfeito não participa do passado
                                              Troco as pessoas
                                         Troco os pronomes (…)”. ♪ ♫
(Meninos e Meninas – Legião Urbana)

     “Eu canto em português errado”. A afirmação de Renato Russo na letra da canção Meninos e Meninas é o pontapé para uma interessante investigação linguística:afinal, é possível cantar ou falar em “português errado”?
     Quantas vezes ouvimos de pessoas próximas frases do tipo “eu não sei português”, “eu não gosto de português”, “eu falo errado”, “fulano fala tudo errado”, “eu já falo português, por quê preciso estudar isso?”, entre outras afirmações e questionamentos que fazem com que nossa língua se pareça com um mistério insondável? É possível que você, falante da língua portuguesa, possa não saber nada sobre seu próprio idioma? Ou saber tudo a ponto de não precisar adentrar nas minúcias gramaticais? Pois bem, quando o poeta gritou para o mundo que “canta em português errado”, na verdade ele sabia que, às vezes, “falar errado” deixa o idioma mais, digamos assim, palatável.
    Por exemplo, segundo a gramática, o verbo namorar é transitivo direto, ou seja, ele não aceita preposição. Mas atire a primeira pedra quem nunca disse que “namora com alguém”, não é mesmo? Outro exemplo: você diz “eu te amo” ou “amo-te”? A primeira opção é uma preferência nacional, a menos que você seja um linguista fanático por gramatiquices que não suporta variações na modalidade oral. Essas questões nos fazem refletir sobre as variações linguísticas, que são, e devem ser, admitidas na fala. Dizer que alguém fala o português melhor ou pior do que alguém só reforça a combatida ideia do preconceito linguístico, tão presente em nossa cultura.


    A norma-padrão pode não estar adequada a todas as situações comunicativas. A coloquialidade é um interessante recurso expressivo.
    A gramática é um compêndio de regras importantes para a manutenção do idioma. Imagine se não tivéssemos um manual ao qual pudéssemos consultar na ocorrência de uma dúvida? Imagine se as regras não existissem e, por esse motivo, cada falante resolvesse estabelecer suas próprias normas? Viveríamos em uma verdadeira “torre de Babel”, e nossa língua portuguesa estaria fadada ao esquecimento. Quando falamos em preconceito linguístico, não estamos propondo que os falantes rasguem a gramática, mas sim que considerem as duas modalidades do idioma: oral e escrita, assim como a existência de uma língua culta e de uma língua coloquial. Dizer que alguém “fala errado” desconsidera diversos fatores extralinguísticos, como as variações existentes em cada comunidade, cada região, cada contexto cultural.

Bibliografia: https://pedagogiaaopedaletra.com/variacao-linguistica-preconceito-linguistico/
 Em: 24/04/17

terça-feira, 25 de abril de 2017

Pressupostos e Subentendidos


     Pressupostos e subentendidos são informações implícitas em um texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra explícita ,tentar desvendar o que não foi dito claramente ,identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas. Muitas coisas são ditas sem ser ditas, entende-se assim então por pressupostos e subentendidos. Muitas vezes queremos dizer algo que não podemos ,então fica o dito pelo não dito...
    Os pressupostos são informações implícitas adicionais, que rapidamente  são  compreendidas devido a palavras ou expressões que aparecem  na frase  permitindo ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável  .O pressuposto é incontestável.
    Já os subentendidos são aquelas informações que o leitor deve deduzir, chegar a uma conclusão que pode ser o fato acontecido ou não.A interpretação é feita de acordo com o entendimento de cada pessoa.É aquela informação que não foi dita com todas as letras,podendo ser contestada.

Veja aqui alguns exemplos para maior clareza do assunto:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.

- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país.

 - Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
Subentendido:Talvez a carne esteja muito cara.

- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
Subentendido: Porque talvez estivesse doente.

- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento.
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã.
Subentendido:Rendem melhor seus estudos porque não estão cansados ainda.

- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi.
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa.
Subentendido:Mudou porque morava longe.

                                                                 Figura 1:


                                                                Figura 2:



                                                                Figura 3:



Em 24/04/17


Bibliografia: https://www.normaculta.com.br/pressuposto-e-subentendido/

Coesão e Coerência


Para que um texto tenha o seu significado completo, o seja, transmita a mensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Para compreender um pouco melhor os conceitos de Coerência textual e Coesão textual, e também distingui-las, vejamos:

O que é Coesão textual?
Quando falamos de Coesão textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma seqüência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc.
Em resumo podemos dizer que a Coesão trata da conexão harmoniosa entre as partes do texto.

Ex: Temos ingressos a mais para o conserto. Você os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo oferecido são ingressos para o conserto.)

O que é Coerência textual?
Quando falamos em Coerência textual, falamos acerca da significação do texto e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente.
A Coerência é a relação lógica entre as idéias, fazendo com que umas, completem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto.
Ex: Quando os chamar para o jantar não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em princípio, esses convidados não comem carne de vaca.)

Bibliografia:

Acessado em 25/04/17.

domingo, 23 de abril de 2017

Ambiguidade

                                                       
               O que é ambiguidade?????
       Ambiguidade é uma múltipla possibilidade de interpretação de uma frase ou texto, ou seja, uma mesma frase pode ter dois ou mais sentidos.
      Para obter coesão e coerência é preciso, portanto, evitar essa ambiguidade, causada por pontuação imprópria, por problemas de construção textual e por emprego de palavras com mais de um sentido, que podem gerar, de forma não intencional, mais de uma possibilidade de interpretação.
     Apesar de ser um recurso aceitável dentro da linguagem poética ou literária, deve ser na maioria das vezes, evitado em construções textuais de caráter técnico, informativo, ou pragmático.
    A ambiguidade é vista como um problema quando não é intencional e causa problemas de compreensão.
    Exemplo:
    Marcia preparou a pesquisa com Ana e fez sua apresentação.
    (Marcia fez sua apresentação ou a de Ana?)
    Marcia e Ana fizeram a pesquisa, e ambas fizeram a apresentação.










Quando intencional, a ambiguidade é uma estratégia de sedução e argumentação:
     Exemplo:
     Banho e tosa, aqui seu cão sai um gato.
    A palavra "gato" quer dizer que o cão vai ficar muito bonito.



      A ambiguidade é um fenômeno comum em qualquer língua.
     Quando não intencional pode gerar problemas de compreensão.
     Quando intencional é uma estratégia argumentativa bastante poderosa.

Bibliografia:  http://www.infoescola.com/portugues/ambiguidade/, visto em 23/04/2017
https://pt.slideshare.net/proflourdesadvent/ambiguidade-29894123, visto em 23/04/2017